Com a participação de três dezenas de dirigentes associativos, o presidente da CAP, confirmou a sua convicção sobre o “clima de enorme incerteza que vivemos” sublinhando a sua surpresa “se a agricultura não for afetada pela imposição de tarifas comerciais atualmente em curso”, considerou Álvaro Mendonça e Moura.
Acompanhado pelo secretário-geral e pelo departamento técnico da CAP (em ligação online) o Conselho abordou as alterações no PEPAC, cuja 3ª reprogramação acaba de ser aprovada pela Comissão Europeia, algumas questões fiscais do Orçamento de Estado 2025, a questão da Declaração de Inexistência de Conflito de Interesses na execução de fundos comunitários, bem como a importância do contributo das Organizações para a Rede de Informação de Contabilidades Agrícolas (RICA).
Entre outros temas, a doença da língua azul concentrou a preocupação dos presentes pelo impacto do surto na região, tanto pelo valor discriminatório dos apoios atribuídos pelo Governo aos criadores afetados como pela falta de medidas de prevenção para enfrentar o próximo surto.
“Devíamos estar a definir uma linha sobre o que vamos fazer em 2025 em relação à língua azul e a pensar no planeamento para a distribuição das vacinas e isso devia estar a ser feito agora em fevereiro”, afirmou o responsável.
Assinalando que “há mais do que uma via técnica para combater a doença”, Mendonça e Moura defendeu “uma linha comum a todo o território e isso tem que ser feito agora”, admitindo que o país vai voltar a ter língua azul com novos serotipos.
O presidente da CAP insistiu em denunciar que a medida para compensar os produtores “está francamente mal desenhada, porque deixa de fora praticamente a totalidade dos produtores pecuários”, para além de não salvaguardar os produtores de penalização “em sede de PEPAC” por não terem os animais que morreram com a doença.
Fonte: CAP