A FNAP apela à máxima divulgação sobre as espécies invasoras Vespa soror e Vespa orientalis, bem como a probabilidade de poderem aumentar nas armadilhas os exemplares da Vespa velutina.

O ICNF teve recentemente conhecimento de um estudo publicado no passado mês de outubro, por investigadores da Universidade de Oviedo, o qual referia o avistamento nas Astúrias - entre março de 2022 e outubro de 2023 - de quatro exemplares de Vespa soror (Buysson, 1905). Trata-se dos primeiros indivíduos desta espécie a serem detetados na Europa, e esta informação só foi conhecida com a publicação deste artigo.

 A Vespa soror habita as regiões mais quentes da Ásia, incluindo o nordeste da Índia, o norte de Myanmar, o norte da Tailândia, o Laos, o norte do Vietname e o sul da China. Dado o tempo decorrido desde o seu avistamento e a proximidade em relação a Portugal, será necessário estar alerta caso o seu estabelecimento em território espanhol tenha efetivamente ocorrido e a sua expansão se tenha iniciado.

Da mesma forma, desde 2022 que tem sido referida a ocorrência, sobretudo no sudeste da Península Ibérica, da espécie Vespa orientalis (Linnaeus, 1761), com informação sobre a sua expansão para Oeste e para Norte, com a consequente aproximação ao território nacional (https://www.biodiversity4all.org/taxa/83801-Vespa-orientalis).

A Vespa orientalis é proveniente do Mediterrâneo Oriental, Ásia Ocidental, Médio Oriente e Nordeste de África, e de tamanho médio, um pouco maior do que a Vespa velutina mas mais pequena do que a nativa vespa-europeia Vespa crabro.

Presente no sul de Espanha, na região de Málaga, está também a espécie Vespa bicolor (Fabricius, 1787), natural na Índia, Butão, Nepal, China, Hong Kong, Myanmar, Tailândia, Laos, Camboja, Vietname e China (https://www.biodiversity4all.org/taxa/423652-Vespa-bicolor).

A Federação dos Apicultores de Portugal pede a maior divulgação destas informações e reforça que qualquer deteção deve ser imediatamente dada a conhecer ao ICNF através do e-mail vespa@icnf.pt.


Fonte: FNAP