O relatório de Mario Draghi foi encomendado pela Comissão Europeia e anunciado por Ursula von der Leyen no discurso do Estado da Nação em 2023. As propostas de Draghi para uma nova política económica e industrial focam-se em 3 eixos de ação: inovação e produtividade, descarbonização da economia, e redução da dependência externa em áreas como aquisição de matérias-primas e defesa.

O relatório enuncia também recomendações específicas para 10 setores económicos prioritários da economia (energia, matérias-primas críticas, digital, indústrias intensivas de energia, tecnologias limpas, setor automóvel, defesa, espaço, setor farmacêutico, transportes).

Segundo o economista "a competitividade europeia ficou sujeita, nas últimas décadas, a uma série de barreiras estruturais", como o atraso na capacidade de inovação, o aumento dos preços da energia, o défice de competências e a necessidade de acelerar a digitalização e de reforçar as capacidades de defesa comuns da Europa.

Neste sentido, o relatório servirá para "reflexão sobre os desafios que a Europa enfrenta e sobre a forma como a UE, as suas instituições, os Estados-membros e as partes interessadas podem, em conjunto, ultrapassá-los para recuperar a vantagem competitiva da Europa", face aos principais concorrentes: China e Estados Unidos da América.

As conclusões do relatório contribuirão para o trabalho da Comissão Europeia num novo plano para a prosperidade e competitividade sustentável da Europa, em particular, para o desenvolvimento de um novo Pacto Ecológico Industrial com vista a uma indústria competitiva e empregos de qualidade, que será apresentado nos primeiros 100 dias do mandato da nova Comissão.

O relatório será discutido pelos Chefes de Estado e de Governo da UE no Conselho Europeu informal de novembro, agendado em Budapeste pela presidência húngara da UE.


Fonte: dgae.gov.pt